Na senda da ideia tida, e na procura de caminhos para cumprir a palavra dada, quis o destino que a Freguesia de Marinhas, Esposende, se tornasse decisiva e grata paragem.

Decisiva e grata paragem – e para sempre assim será – muito por conta da generosidade e sensibilidade de Mário Martins, o artesão que, quando o vento do deserto em todo o lado soprava, não hesitou em abrir as portas de sua casa para escutar quem numa simples pedra via uma catedral, quiçá como tantas vezes ele, solitariamente, viu e vê.

Mário Martins não é só um bom artista desta terra. É, desta terra, um homem bom, e isso para nós é o mais importante. É um artífice que, naquilo que humildemente faz, honra a alma da palavra Esposende pois nela toda a sua verte, como se duas não existissem. E isso, de ora em diante, estará à vista de todos, neste espaço por alguns uns meses e na Cidade do Arcebispos por muitos séculos.

Na senda da ideia tida, e na procura de caminhos para cumprir a palavra dada, a Freguesia de Marinhas, Esposende, foi, de facto, decisiva e grata paragem.

Não só pelo brasão de D. Diogo de Sousa que hoje se contempla, qual espelho da ancestral arte esposendense de trabalhar a pedra, mas pelo brilho que no olhar de Mário Martins se encontra. Um brilho que, como o de tantos outros artistas que no lavrar da pedra o sustento encontram, importa e urge cuidar!

Nesta hora cerimonial, e acima de quaisquer outras, são estas duas palavras que nos apraz dizer. São palavras simples e de profunda gratidão a Mário Martins e a todos aqueles que, tendo graciosa e silenciosamente contribuído, sabem que na generosidade mora a eternidade. 

A todos, sem exceção, o nosso bem hajam! 

Ditas foram estas palavras na Cerimónia de Conclusão e Bênção do Brasão, a qual decorreu em Esposende no dia 15 de julho de 2023.